STF Decide: Casais Acima dos 70 Anos Podem Escolher Regime de Bens!

Em uma decisão histórica nesta quinta-feira (1°), o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu as portas para casais com mais de 70 anos escolherem o regime de bens que desejam em seus casamentos e uniões estáveis. O Plenário, por unanimidade, concordou que impor a separação de bens, como previsto no Código Civil, é uma afronta ao direito de escolha das pessoas idosas.

"STF libera casais 70+ escolherem regime de bens! Decisão histórica respeita autonomia. Mudanças para casos futuros.

A partir de agora, para escapar da obrigatoriedade, basta manifestar o desejo por meio de uma escritura pública em cartório. Além disso, para aqueles que já passaram dos 70 e estão casados ou em união estável, é possível mudar o regime, mas requer autorização judicial (para casamento) ou manifestação em escritura pública (para união estável). Importante notar que essa mudança só terá efeitos patrimoniais para o futuro.

O ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, ressaltou que impor a separação de bens com base na idade vai contra a Constituição Federal, que proíbe explicitamente a discriminação por idade. No processo em questão, a decisão manteve a aplicação da separação de bens a uma união estável, mas o ministro enfatizou que essa decisão só se aplica a casos futuros para evitar insegurança jurídica.

Para aqueles que se casaram ou estabeleceram união estável antes desta decisão do STF, há a possibilidade de manifestar o desejo de mudança no regime de bens ao juiz ou ao cartório. No entanto, essa mudança só afetará a divisão patrimonial a partir do momento da alteração, não retroativamente ao período em que havia separação de bens.

O ministro Cristiano Zanin propôs a modulação da decisão para garantir a segurança jurídica, e o ministro Barroso incluiu em seu voto que a decisão terá efeitos apenas para casos futuros, não afetando situações jurídicas já definidas.

Em resumo, a mensagem do STF é clara: para casais acima dos 70 anos, a escolha do regime de bens agora está em suas mãos. Uma decisão que não apenas respeita o direito de autodeterminação, mas também promove a segurança jurídica para todos os envolvidos. Uma mudança que marca uma nova era nos casamentos e uniões estáveis no Brasil!

Confira o resumo do julgamento

 

Fonte: STF

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